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PRIMEIRO DEBATE DIRETO ENTRE LULA E BOLSONARO COMEÇA COM ATAQUES E EMBATE DE LEGADOS

Publicado em: 17/10/2022

O primeiro bloco do primeiro debate do segundo turno das eleições presidenciais de 2022, realizado na noite deste domingo (16), foi marcado por embates diretos entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PL). Com falas que colocaram em xeque os erros e acertos das gestões dos dois, o programa transmitido por um pool de imprensa teve uma série de ataques também pessoais.

 

Seguindo regras definidas previamente entre a produção e as campanhas dos presidenciáveis, o apresentador Eduardo Oinegue deu início ao encontro. A pergunta realizada por ele foi com relação ao orçamento destinado para a realização de obras e ações. Os participantes foram questionados sobre como irão realizar suas propostas de campanha ou de onde cortarão recursos para que elas sejam executadas.

 

O atual presidente Jair Bolsonaro citou o Auxílio Brasil enquanto uma de suas realizações e prometeu colocar em prática ainda mais ações. Ele também defendeu a aprovação da Reforma Tributária para que obras e programas sejam viabilizados. 

 

Durante sua fala, Bolsonaro teceu o primeiro ataque contra Lula, afirmando que o partido do oponente foi contra o valor de R$ 600 para o programa de transferência de renda tocado pelo seu governo.

 

Na sua vez Lula então se aproximou da câmera e negou a fala anterior. Ele ressaltou o legado do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os investimentos feitos, segundo ele, com responsabilidade. O ex-presidente também defendeu uma Reforma Tributária, a fim de isentar os mais pobres de pagar tributos como o Imposto de Renda.

 

Ao fim da fala do petista, foi garantido a ele, como sorteado previamente, o direito de iniciar o embate direto com Bolsonaro. Ele perguntou ao liberal quantas escolas técnicas e universidades federais ele construiu ao longo dos quatro anos de mandato. 

 

Tentando responder, Bolsonaro criticou o Bolsa Família e afirmou que gastou, ao implementar o Auxílio Brasil, o equivalente a 15 anos do programa anterior. “Tinha vergonha de ver as pessoas mais humildes, do interior do Nordeste, chegando a receber R$ 42”, indicou, encerrando sua fala chamando o opositor de “mentiroso” e acusando o ex-gestor de ter um “passado lamentável”.

 

Lula então provocou, alegando que a pergunta não foi respondida. Em seguida, ele defendeu suas realizações. “Nossos programas de inclusão não eram só o Bolsa Família, mas foi o maior programa que esse país já teve de ajuda ao pobre”, disse, elencando outras medidas como o aumento salarial e a aquisição de alimentos pelo PNAE.

 

Mais uma vez, o metalúrgico retomou a pergunta sobre a criação de universidades e institutos federais. Em resposta, Bolsonaro criticou o FIES e afirmou que seu governo renegociou as dívidas de estudantes. “O senhor mais endividou a garotada do que deu ensino de qualidade”, disparou.

 

Assim, mudando de tema, Lula então questionou seu oponente sobre a demora na aquisição de vacinas contra a Covid-19: “O senhor não carrega nas costas o sofrimento de brasileiros?”.

 

A pergunta então foi negada pelo integrante do Partido Liberal, que apontou a negligência na compra dos imunizantes. Segundo Bolsonaro, o Brasil foi um dos países que mais vacinou em pouco tempo. As falas de Bolsonaro com teor negacionista e negligentes acerca do combate à pandemia do coronavírus depois foram relembradas por Lula. 

 

“Senhor Lula, tem um vídeo do senhor dando graças a Deus pela pandemia”, rebateu Bolsonaro. Ele também defendeu, mais uma vez, o chamado “tratamento precoce”, comprovadamente ineficaz e baseado no uso de medicamentos como a azitromicina e a cloroquina, e acusou o PT de corrupção nos estados em que governa.

 

O assunto pandemia norteou as discussões, com trocas de acusações sobre a demora nas vacinas, a defesa de Bolsonaro sobre não ter nenhum crime imputado contra ele e o legado da vacinação contra a H1N1 em 2010.

 

Mudando de assunto, Bolsonaro relacionou o vice Geraldo Alckmin (PSB) e Lula a um suposto aumento do número de mortes de policiais militares durante a transferência de Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). 

 

“Quem tem relação com miliciano e crime organizado não sou eu. Ele sabe quem tem. Sabe quem matou a Marielle no Rio de Janeiro”, disse Lula, ressaltando a construção de cinco presídios de segurança máxima durante seu governo.

 

Ataques de ordem pessoal foram vistos nos últimos minutos. Bolsonaro relacionou o petista ao crime organizado e Lula chamou o oponente de mentiroso, quando ele quis assumir a autoria da obra de Transposição do Rio São Francisco.

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