EX-MULHER DE BOLSONARO TERIA REVELADO COMPRA DE MANSÃO COM ‘DINHEIRO POR FORA’
Publicado em: 02/9/2022Um ex-funcionário da família contou que a ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (PL), Ana Cristina Siqueira Valle, confidenciou a ele que a primeira mansão em que viveu com o político foi paga com “dinheiro por fora”.
A declaração do rapaz, identificado como Marcelo Nogueira, foi feita ao UOL. Segundo a reportagem, o casal morou no imóvel, na Barra da Tijuca (RJ), entre 2002 e 2007. Localizado na rua Maurice Assuf, na zona oeste do Rio, a antiga mansão tinha dois pisos, piscina e ficava no mesmo condomínio do ex-jogador Zico.
Antes de formalizar a negociação, a então companheira de Bolsonaro e ele fizeram uma escritura de promessa de compra e venda. O documento foi lavrado no 24º Ofício de Notas em 19 de agosto de 2002.
Como noticiou a publicação, a escritura descreve que a venda da mansão foi negociada por um valor de R$ 500 mil. No entanto, o imóvel, à época, tinha valor de avaliação para cálculo de imposto no total de R$ 874,1 mil. Ou seja, o negócio saiu com um desconto de 43%.
O acerto de Cristina e Jair com os antigos proprietários previa o pagamento de R$ 160 mil com um cheque, entregue no ato da compra da mansão, e outros R$ 250 mil deveriam ser pagos até o dia 19 de dezembro de 2002.
O casal declarou ao cartório que havia pagado R$ 90 mil anteriormente, como sinal. Não ficou descrito no documento o modo do pagamento desse sinal. Nem foi informado posteriormente, quando a escritura de compra e venda foi formalizada após os R$ 250 mil terem sido quitados.
A confidência de Cristina teria acontecido numa ocasião em que foi limpar o escritório e organizar alguns papéis da advogada. Ele teria encontrado a escritura e comentado com a ex-companheira de Bolsonaro sobre o valor. Ela teria dito a ele: “É que sempre tem um por fora, né?”.
“Quando ela comprou aquela casa da Barra, na época, por R$ 500 mil, na documentação. Só que foi mais. Que foi dado em dinheiro vivo, por trás”, contou o ex-funcionário.
A mansão é um dos 107 bens, listados em um levantamento revelado nesta terça-feira (30), que foram adquiridos pelo presidente, seus irmãos, sua mãe e seus filhos desde os anos 1990. Ao menos 51 destes imóveis foram pagos total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo (saiba mais aqui).
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