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VICE DE ACM NETO, ANA COELHO ALTERA DECLARAÇÃO DE RAÇA DE PARDA PARA BRANCA

Publicado em: 14/9/2022

A vice na chapa encabeçada por ACM Neto (União) na disputa ao Governo da Bahia, Ana Coelho (Republicanos) alterou a sua declaração de raça de parda para branca. A mudança veio após críticas de opositores que questionaram a opção da candidata.

 

Um dos ataques veio do governador Rui Costa (PT). Em entrevista coletiva na semana passada, o petista afirmou que Neto e Ana teriam se declarado pardos para Justiça Eleitoral visando fraudar a distribuição de verbas públicas.

 

“Tem que ver a árvore genealógica dele, para ver se tem alguma raiz africana dos dois, para se declarar pardo, com o objetivo de fraudar – e o Ministério Público Eleitoral já chamou – a distribuição de verbas. Porque, para negro e para pardo, o candidato recebe mais recursos. Não sei se todo mundo sabe disso. Na Lei Eleitoral, no fundo partidário, quem é negro e quem é pardo, o partido é obrigado a dar mais dinheiro para esse candidato”, afirmou Rui (veja mais aqui).

 

Neto também se declarou pardo e na sabatina realizada pela TV Bahia, na última segunda-feira (12), defendeu sua escolha. “Em 2016, eu fui candidato a prefeito, naquela época não havia fundo eleitoral, não haviam cotas. Eu me declarei pardo, está lá na minha declaração. Se tem alguém à vontade nessa história, sou eu, porque eu me considero assim. O povo baiano é misturado, há uma miscigenação enorme na Bahia”, justificou.

 

No início do mês, a Corregedoria-Geral Eleitoral acatou o pedido de indeferimento da declaração, proposto pelo candidato a deputado federal pelo PSOL Jorge X, e dado um prazo para que Neto e Ana apresentassem “justificativa plausível” por terem se autodeclarados como pardos.

 

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o percentual de candidatos negros (ou seja, a soma de pretos e pardos) nas eleições gerais de 2022 é o maior desde 2014, quando começou a autodeclaração de raça. Para a disputa de 2022, 49,49% dos candidatos se declararam negros. Em 2018, foram 46,5% e, em 2014, foram 44,24%.

 

Porém os recursos não são distribuídos na mesma proporção. De modo geral, os dados de prestação de contas do TSE mostram que os candidatos negros receberam, até o momento, pouco mais de 25% dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (saiba mais aqui).

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