PROCURADOR DEFENDE ACORDOS DE LENIÊNCIA E DELAÇÕES: ‘POTENCIAL DE DESARTICULAÇÃO’
Publicado em: 04/7/2016por Estela Marques
Foto: Reprodução / Globo News
O procurador da República Roberson Henrique Pozzobon defendeu os acordos de leniência e de delação premiada nos avanços das investigações da Operação Lava Jato. Pozzobon citou as cinco últimas operações deflagradas entre 21 de junho e esta segunda-feira (4). As operações Turbulência, Custo Brasil, Saqueador, Tabela Periódica e Abismo decorreram de declarações e provas obtidas por meio dos acordos. “Precisamos entender, e isso fica muito claro com as operações, o grande potencial de desarticulação de organizações criminosas por meio de acordos de delação e leniência. Devemos nos perguntar a quem interessa o desmonte do instituto do acordo de leniência: a quem investiga ou a quem é investigado?”, disse Pozzobon, durante coletiva nesta manhã, em uma referência à proposta ventilada por alguns senadores investigados sobre a suspensão dos acordos de delação premiada. O procurador ainda avaliou o resultado das operações, que mostraram quão alastrada está a corrupção no país. “Não há como evitar crime organizado de maneira desorganizada. Precisamos que Ministério Público, polícia, Receita Federal, Judiciário e a sociedade formem grande rede de combate à corrupção”, acrescentou. Nesta segunda a Polícia Federal cumpriu 35 mandados expedidos pela 31ª fase da Operação Lava Jato, a Operação Abismo. O ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira foi um dos alvos da força-tarefa e teve mandado de prisão preventiva cumprido – mas já estava preso por causa da Operação Custo Brasil. Foram presos Edson Freire Coutinho, ex-executivo da Schahin Engenharia, e Roberto Ribeiro Capobianco, presidente da Construcap.
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