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POLÍTICA AGRÍCOLA PARA SAFRA 2017/2018. OZIEL SAI EM DEFESA DE LEM

Publicado em: 10/2/2017

 

 

Ocorreu no auditório do SENAR na última quarta-feira (8), um workshop promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), tendo como mediadores os assessores técnicos da CNA, a Doutora em Economia, Fernanda Schwantes e Rafael Albertoni.
O evento que teve como objetivo promover uma discussão acerca das diretrizes da política agrícola brasileira, sobretudo as dedicadas à fronteira agrícola MATOPIBA, com o intuito de aprimorá-la conforme as necessidades apontadas pelo setor. Estavam presentes: representando o Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães, a Sra. Carminha Missio, Presidente; representando a Prefeitura Municipal, o Prefeito Oziel Oliveira; o Vice-Prefeito Vanir Kolln e o Secretário de Agricultura, Franco Bosa; representando a Câmara Municipal, o Vereador Guinho; além dos produtores rurais e representantes de entidades de classe dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
O encontro oportunizou aos produtores da região a apresentação de suas demandas e dificuldades, as quais serão compiladas em um documento a ser entregue ao Governo Federal, com as prioridades do setor agropecuário para safra 2017/2018.
A Presidente SPRLEM e anfitriã do evento, Sra. Carminha Missio, percebe o momento como uma excelente oportunidade para que os produtores rurais e demais profissionais que estão ligados ao setor possam se manifestar e contribuir para a construção de uma política agrícola que atenda às necessidades, respeitando-se as particularidades de cada região, e enfatiza:
A agricultura é a base da economia mundial. O país que não tem capacidade agrícola para sua sustentabilidade não é um país soberano.
Os principais temas discutidos foram o crédito rural, comercialização, seguro rural, Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), com destaque para as linhas de crédito e investimentos oferecidas aos produtores que possuem encargos rotativos e taxas ínsitas, comuns nesse tipo de operação, acrescidas de cobranças complementares que oneram substancialmente as transações de financiamento.
De 2013 até 2016, as taxas de crédito subiram de 3,5% para 8,5%, elevação exponencial, que estorva o desenvolvimento e a continuidade das atividades agrícolas, agravado pelo problema da seca, fazendo com que muitos produtores deixem o ramo para se enveredarem rumo a outro tipo de negócio.
O Prefeito Oziel ressaltou a importância do evento:
Estou aqui não apenas como prefeito, mas também como agricultor. Conheço bem os problemas que atingem o setor agropecuário. O workshop nos possibilitou apresentar nossas demandas, sugerir novas políticas de crédito e financiamento e avaliar os resultados do agronegócio em nossa cidade. Assumi o compromisso de lutar pessoalmente por algumas delas, que estão ao meu alcance, quer seja como chefe do executivo municipal, ou através do conhecimento adquirido como Deputado Federal e gestor da ADAB. Outra meta importante é a reativação do Armazém da Conab, que vai permitir a formação de estoques, garantido o abastecimento de nossas culturas, como o milho, por exemplo, para reduziremos os custos de logísticas e possibilitaremos aos produtores, atender a demanda existente, no nordeste e no resto do país, com produção de qualidade.
Outro importante tópico tratado foi a dificuldade de acesso ao seguro. Dos 5 milhões de agricultores espalhados pelo país, somente 80 mil tem conseguido acessá-lo, sendo desse montante, 60% só no estado do Paraná, número que revela uma disparidade colossal. O grande entrave é que o seguro agrícola no Brasil não é adequado à realidade do produtor, que é diferente em cada região, para cada cultura. Uma situação que ilustra o problema é o pagamento do mesmo prêmio tanto para o agricultor que adota tecnologia de ponta, que é menos suscetível a alterações climáticas, como para aquele que não adota ferramentas tecnológicas e está altamente suscetível a riscos climáticos.
A eventual ocorrência de sinistros implicam perdas expressivas, levando o produtor rural a enfrentar graves dificuldades financeiras e intermináveis renegociações de dívidas, culminando na incapacidade para assumir novos investimentos.
Um dos participantes comparou a realidade agrícola brasileira com a de outros países: “Nos Estados Unidos, 90% dos produtores rurais acessam o seguro. Na Alemanha, os financiamentos são rotativos, menos burocráticos e têm durabilidade de 15 anos. Ou seja, a renovação é automática durante esse período. Se o agricultor precisar de um novo crédito, faz a solicitação sem a necessidade de apresentação de documentos, desde que não haja inadimplência.”.
Ascom. P.M.L.E.M.

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