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Mais do que delação da Odebrecht, Planalto teme possíveis revelações de Eduardo Cunha

Publicado em: 18/12/2016
POR PAINEL

Bomba-relógio Integrantes do governo Temer dizem ter informações de que o pior das delações já passou. Mas quem acompanha a Lava Jato de perto afirma que as colaborações de Marcelo Odebrecht e de seu pai, Emílio, ainda poderão render dores de cabeça ao presidente da República. Nos bastidores, no entanto, o que a cúpula do Planalto mais teme não são os depoimentos de ex-executivos da empreiteira, e sim a convicção de que Eduardo Cunha não ficará em silêncio por muito tempo.

Por aqui, ó! Cunha esperava que seus companheiros o ajudassem a tirá-lo da prisão rapidamente. Há dois meses trancado, dizem que sua paciência está rareando.

Alma e coração Há convicção no Planalto de que o ex-deputado falará de qualquer forma, mesmo que a Lava Jato não aceite firmar com ele eventual acordo de delação.

Bom conselho No roteiro de seu depoimento, Marcelo Odebrecht chegou a mencionar sugestão de Cunha para contratar a Kroll. A empresa de investigação corporativa poderia monitorar os passos da operação. O empresário jurou não ter acatado a ideia.

São Tomé Ninguém acredita que a Odebrecht tenha comprado sozinha uma série de medidas provisórias que beneficiavam vários setores econômicos. Nos anexos, Cláudio Melo Filho cita uma empresa e duas associações interessadas em alterar leis.

Cresci, mas é segredo Já há dados da Fazenda que projetam alguma recuperação do PIB no primeiro trimestre. Mas, para evitar previsões prematuras, o governo continuará dizendo oficialmente que a economia só deve voltar a avançar a partir de abril.

Brasília 40ºC Um operador do mercado financeiro encontrou um influente parlamentar no corredor do Congresso Nacional, na última quinta (15), e deu o recado: “A sensação em São Paulo é que a administração Michel Temer está derretendo”.

É o que tem pra hoje O peemedebista rebateu sem sequer piscar: “Por acaso governo que está derretendo consegue aprovar PEC do teto e Orçamento tão fácil assim?”.

Fora, Piketty! Apesar das críticas de que só pesa a mão sobre o “andar de baixo”, o governo Temer não tem na manga nenhuma medida para taxar o “andar de cima”.

Escuto teus sinais Mais do que uma derrota de Geraldo Alckmin, a recondução de Aécio Neves no PSDB representa vitória da ala que defende a aliança com Temer mesmo na crise — posição que o governador preferia evitar.

Alfarrábio Tucanos fizeram troça com o fato de os alckministas terem optado por registrar seus dois únicos votos contra a prorrogação do mandato de Aécio,quando a cartilha política recomenda, na impossibilidade de vitória, juntar-se ao inimigo.

 

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Mastiga abelha “Não seguiram o velho ditado: malandro, quando vê que vai cair, deita”, ilustrou um aecista.

Dobrou a meta Bancadas aliadas já levaram queixas a Temer pensando em 2017. O ano, que antecede a reeleição dos parlamentares, será marcado por temas impopulares, como a Previdência.

Sem miséria A partir de janeiro, os congressistas esperam uma “retaguarda maior” do Planalto — cofre aberto e tratamento generoso em relação a obras paroquiais — para compensar o desgaste das votações indigestas.

Por fora, bela viola A repaginada do PMDB deve ir além do retorno ao nome MDB. A ideia é mudar também o visual — adeus, chama sobre a letra M — e focar na expressão “movimento”.

Lei de Acesso Apesar da boa relação entre Fernando Haddad e João Doria na transição, secretários da nova gestão reclamam da dificuldade em acessar dados das pastas que assumirão.


TIROTEIO

As crianças esperavam presentes do Papai Noel, mas só viram o exterminador do futuro da saúde e da educação.

DO DEPUTADO CARLOS ZARATTINI (PT-SP), sobre a festa de Natal oferecida no Planalto pelo presidente Michel Temer a estudantes de uma escola pública.


CONTRAPONTO

Santo grão!

Durante a cerimônia de lançamento da 14ª Edição Especial dos Melhores Cafés de São Paulo, na sexta-feira (16), no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, um dos premiados encostou sem querer no mastro da bandeira do Brasil.

O suporte e a flâmula brasileira foram ao chão. A bandeira do Estado de São Paulo, exatamente ao lado, permaneceu intacta.

Um silêncio constrangedor tomou conta do Salão dos Pratos, onde o evento era realizado. Do fundo da sala, um dos convidados gritou, em alusão à crise nacional:

— Mas São Paulo segue firme!

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