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Lula escolhe Luiz Marinho para chefiar Ministério do Trabalho

Publicado em: 15/12/2022

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), escolheu o deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP) para comandar o Ministério do Trabalho. Segundo petistas, Lula já convidou o aliado, que aceitou a proposta.

Um anúncio deverá ser formalizado nos próximos dias.

Em reunião na semana passada, Lula recomendou que Marinho viabilizasse seu nome junto às centrais sindicais. Pouco tempo depois, as três principais —CUT, Força Sindical e UGT— endossaram o nome do petista.

Marinho é presidente do diretório estadual do PT em São Paulo, aliado próximo de Lula e chefiou a pasta de 2005 a 2007.

A escolha de Marinho representa uma vitória de petistas e sindicalistas sobre o PC do B, que pleiteou o ministério junto a Lula. A legenda havia manifestado interesse por três ministérios: Ciência e Tecnologia, Cultura e Trabalho.

Na terça (13), a cantora Margareth Menezes foi anunciada como titular da Cultura. Já Ciência e Tecnologia estaria destinada ao PSB.

Sem Trabalho, o PC do B não terá nenhuma de suas demandas atendidas.

A escolha por Marinho também mostra a força das centrais sindicais, em um reconhecimento do presidente eleito do papel que elas desempenharam na campanha.

Isso não indica, no entanto, a volta do imposto sindical, já que tanto o presidente eleito quanto as sindicais já se posicionaram contra a medida.

A contribuição obrigatória, uma das principais fontes de renda dos sindicatos, foi substituída por um recolhimento que depende de autorização do trabalhador.

Mas as centrais querem que as contribuições aprovadas em assembleia se apliquem a todos os trabalhadores da categoria, sem que o empregado se recuse a colaborar. Caso se neguem, correm o risco de não receber os benefícios obtidos em acordo com empregador.

No começo do mês, o presidente eleito se reuniu com representantes das sindicais. Após o encontro, eles afirmaram que Lula mais ouviu as demandas e visões dos participantes e não fez promessas.

“Está muito claro que nós, do movimento sindical, e deixamos muito claro para ele, não queremos revogação da reforma sindical, não queremos imposto sindical”, afirmou o presidente da UGT, Ricardo Patah, naquele momento.

O Ministério do Trabalho foi extinto por Jair Bolsonaro (PL) no primeiro ato de seu governo, em 2019. Em 2021, a pasta foi recriada para acomodar Onyx Lorenzoni (PL-RS).

 

Catia Seabra/Victoria Azevedo/Folhapress

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