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FORMOSA DO RIO PRETO: BURITIZINHO E BARRA DO BREJO SÃO RECONHECIDAS COMO REMANESCENTES DE QUILOMBOLAS

Publicado em: 23/1/2019

O Ministério da Cultura e Fundação Palmares certificaram as comunidades de Buritizinho e Barra do Brejo como remanescentes de quilombo. Localizadas na zona rural de Formosa do Rio Preto, são as primeiras do município a receberem esse reconhecimento, o que aconteceu a partir de uma ação do governo municipal, através das secretarias de Assistência Social e de Saúde e da Ascom.

“Parabéns às comunidades e a todos os profissionais envolvidos nesse processo. Estamos muito honrados e felizes em colaborar com essa iniciativa de valorização e resgate da cultura e história do nosso povo”, declarou o prefeito Dr. Termosires Neto, ressaltando ser também uma conquista humanitária e social. “São 43 famílias que passam a ter prioridade nas políticas públicas, como regulamentação fundiária, programa nacional de habitação rural, entre outros benefícios, e nossa gestão vai continuar trabalhando com seriedade e comprometimento pela garantia desses direitos”, destacou Dr. Termosires.

Sobre as comunidades de Buritizinho e Barra do Brejo – segundo relatos de moradores e do historiador Edilson de Araújo Nogueira, a provável origem do povoamento dessa região é ligada à fuga de escravos do Sul do Piauí, mais precisamente da fazenda Mucambinho, pertencente ao município de Cristalândia/PI. Há registros de que uma das filhas do barão José da Cunha Lustosa, após se casar, teria vindo morar nesse local, na divisa dos estados piauiense e baiano, limitando-se com o município de Formosa do Rio Preto/BA. Ela teria trazido cerca de 800 escravos da fazenda Mucambo (local que virou um achado arqueológico, com resquícios da Casa Grande e de instrumentos de tortura empregados para punir e humilhar os escravos), município de Parnaguá/PI, dos quais, ao menos, um casal deles buscou refúgio em terras formosenses. José da Cunha Lustosa foi um capitão-mor nascido na cidade do Porto em Portugal e que veio para o Nordeste do Brasil com a missão de colonizar a região que se estendia a partir do norte da Bahia em direção ao Piauí. Para tanto ele trouxe milhares de cabeças de gado e escravos.

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