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FERNANDO MACHADO- ANEL VIÁRIO: NA MESA DA JAQUES WAGNER; O PROJETO DE RUI COSTA, NA CONTA DE ANTôNIO HENRIQUE

Publicado em: 18/2/2014

 

por Fernando Machado

  A cobrança da população, decorrente dos inúmeros acidentes fatais ocorridos no trânsito de Barreiras e as intermináveis obras do contorno rodoviário da cidade, que há mais de 20 anos andam a passos de tartaruga, obrigou o prefeito Antonio Henrique a assumir o risco pessoal de descolar o tráfego pesado do centro comercial do município para as imediações de alguns dos mais populosos bairros da metrópole do Oeste.

 Entre a cruz e a espada, a prefeitura de Barreiras fez o que não era de sua obrigação – apesar de necessário e urgente – sobretudo diante o fato da ausência dos governos Estadual e Federal. Mas o problema, que até então não tinha importância e só preocupava o povo da longínqua povoação do Além São Francisco, acendeu o sinal de alerta na capital da Bahia, mais precisamente na mesa do principal eleitor na campanha eleitoral que se avizinha no Estado, o governador Jaques Wagner.

 Sabedor de que o certame de 2014 será duro, desgastante e com risco eminente de derrota, Wagner falou com Antonio ainda na sexta-feira (14/fev), horas após a confusão envolvendo o alcaide e manifestantes na rodovia BR135, para se inteirar quanto ao ocorrido e convidar-lhe para, na próxima quarta-feira, 19, discutirem uma solução tanto para o anel viário, como para os moradores que ocupam área do Governo da Bahia no entorno do Distrito Industrial de Barreiras.

 O núcleo da campanha governista identificou, após vários levantamentos qualitativos e quantitativos, que os principais soldados de Rui Costa no Oeste – vereadores, prefeitos, deputados e demais atores políticos –, região que representa cerca de 5% dos votos da Bahia, não gozam da confiança de parte significativa da população. Porém, apesar disso, abandoná-los a própria sorte significava pôr o projeto de poder do PT no Estado em risco, haja vista o fratricídio eleitoral que se anuncia.

 Após treze meses de gestão, Antonio Henrique precisa cobrar de seus aliados de alto poder a fatura pelo preço pago até agora por sua postura caudilhista e condescendente para com o Salvador e Brasília. Da primeira vez, Antonio advogou contra seu povo em favor da Embasa e conseguiu junto ao Tribunal de Justiça impedir o fim da taxa de esgoto. Na última ação, Tonhão assumiu a condição de pré-posto do Governo Dilma ao realizar intervenções de infraestrutura na BR020 e rechaçar pessoalmente uma manifestação pública numa rodovia Federal.

 Se o prefeito Antonio Henrique nada trouxer de fato deste encontro com o governador Jaques Wagner, terá sua imagem vinculada negativamente à construção do anel viário, porque, justiça seja feita, Saulo Pedrosa ergueu os primeiros pilares da ponte, no início da década de 90, e Jusmari Terezinha se esforçou para deixá-lo na forma de hoje, cabendo ao atual gestor, já que se meteu onde não devia, cobrar dos governos do PT a conclusão adequada do famigerado contorno rodoviário de Barreiras.ZDA

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