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Em relatório final, CPMI das Fake News aponta uso de publicidade estatal em canais de desinformação

Publicado em: 22/12/2022

A deputada federal Lídice da Mata (PSB) apresentou nesta quarta-feira (21) o relatório final da CPMI das Fake News, realizada por deputados e senadores, e dentre outros pontos afirma ter comprovado “a existência de inserção de publicidade em canais de comportamento desinformativo, incluindo diversos que já vêm sendo monitorados pela CPMI e/ou pelo STF”. A comissão é presidida pelo senador Angelo Coronel (PSD)

A parlamentar destaca ainda que, “com base em uma amostra apenas parcial, que possivelmente não inclui os dados completos da Secom; que não integra informações do Banco do Brasil – empresa que é jum dos maiores anunciantes do país e que se nega terminantemente a liberar seus dados de publicidade por meio de mídia programática -; e que tampouco abarca as informações do SESI e do SENAI – entidades que também impediram o acesso a seus dados sobre investimentos em mídias programáticas -; foi possível identificar alguns milhões de impressões em sites, canais de Youtube e aplicativos de celular considerados inadequados”.

O custo estimado com as impressões é, entretanto, baixo: R$ 83,8 mil. “Se, por um lado, o prejuízo financeiro não parece ser tão volumoso – embora qualquer centavo do cidadão precise ser gasto com o máximo de parcimônia possível -, por outro os prejuízos para a imagem do Governo Federal, das empresas estatais e dos entes paraestatais ao ter suas peças publicitárias veiculadas em canais inadequados é considerável”.

Lídice considerou que as amostras que foram avaliadas pelo colegiado somente revelam uma fração do conjunto das verbas de publicidade aplicadas pelo Governo Federal. “Julgamos ser necessário o seguimento da busca e análise de dados referentes a investimentos em veiculação de publicidade em mídias de internet”.

A parlamentar baiana destacou um efeito positivo dos trabalhos desenvolvidos: “A CPMI das fake news foi capaz de gerar importantes impactos no combate às notícias falsas e à propagação de discursos de ódio”.

 

Davi Lemos

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