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CRISTÓPOLIS: ÍNDIOS KIRIRIS PARTICIPAM DE SEMINÁRIO SOBRE CULTURA INDÍGENA

Publicado em: 11/8/2014

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Escrito por Zé Filho

A turma de matemática, 7º semestre, da UNEB de Cristópolis realizou um seminário sobre a influência das ciências matemáticas nas culturas das diversas etnias indígenas do estado. A apresentação foi composta por quatro trabalhos em grupos, apresentados na noite desta sexta-feira (08/ago) no Centro Cultural.
Números, grupos, formas geométricas e outros aspectos da vida cotidiana nas tribos foram apresentados, todos dentro do contexto matemático. O primeiro grupo defendeu o tema “Instrumentos de caça e pesca”, o segundo: “Pintura Corporal”, o terceiro: “Artesanato” e o último, “Forma de organizar as moradias”.

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Cacique Carlito Kiriri e acadêmica Glaucimar
“Esse é um grande desafio para nós educadores. Precisa de informação para que a gente possa casar os conteúdos curriculares com a contextualização da cultura indígena”, comentou Glaucimar Qualhano, integrante da turma.

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Professor Ubiracy
As apresentações foram ilustradas com música, dança – com o grupo Cia de Arte & Dança-, poesia, mostra de fotografias e artesanato Kiriri.
Questionado sobre a dificuldade em se obter material de pesquisa para realizar trabalhos sobre povos indígenas, o professor Ubiracy Pereira Lima, responsável pela disciplina Cultura Indígena, teceu o seguinte comentário: “O aluno que faz licenciatura, que tem o perfil do educador, está acostumado a transformar o impossível no possível. Infelizmente, no País que nós vivemos, toda tarefa educativa é árdua”.

Os Kiriris

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Os índios da etnia Kiriri hoje residem num terreno da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), em Barreiras-BA. Eles são originários de Banzaê, no nordeste da Bahia, mas tiveram que abandonar as terras em que viviam devido a conflitos que, há muitos anos, afetam a convivência entre índios e brancos, e também entre as tribos.

“Se hoje a gente não tiver coragem para pegar numa enxada ou uma chibanca para montar um pasto para o fazendeiro, nós não temos o direito de comer um pão. Se a gente for viver da caça e da pesca, a gente morre de fome. Porque todo espaço do nosso Brasil está explorado, todo ele acabado. Os povos indígenas estão sofrendo na longa caminhada procurando um pedaço de terra para poder se assentar”, disse o cacique Carlito Kiriri, após apresentar, juntamente com os outros índios, a dança conhecida na cultura deles como “Toré”.

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