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“A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM” – POR FERNANDO MACHADO

Publicado em: 09/8/2016

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A eleição deste ano em Barreiras reúne elementos fantásticos do surrealismo político que, talvez, só o Brasil consiga produzir. O preâmbulo do embate pelo poder no município, por si só, é uma história extraordinária de incoerência, oportunismo e pseudomoralismo. Dois personagens – em especial – chamam a atenção: Dó Miguel e Moisés Schmidt.

Em março de 2015, Dó realizou um evento histórico, o primeiro ato público de desfiliação que se tem notícia no país. Na oportunidade, o empresário anunciava sua saída do PSDB. Miguel abandonou os tucanos atirando em direção dos caciques da legenda, principalmente contra o deputado João Gualberto.

Pouco mais de um ano, sem constrangimento algum, Dó Miguel retorna à sua antiga casa. Porém, para ser recebido pela tucanada, Dó teve de retirar sua pré-candidatura de prefeito, justamente aquilo que o fez brigar com a cúpula do PSDB e, consequentemente, abandonar o partido.

Moisés Schmidt, menino de boa família, parecia o sonho de consumo do eleitor da classe média local: branco, novo, bonito e rico. O jovem, logo de começo, embarca no PSB, sigla de centro-esquerda. No auxílio de Moisés três figuras da nobreza política de Barreiras trabalhavam o rapaz, Regina Figueiredo, Zé Roberto e Jorge Figueiredo.

Mas, nas águas de março, Moisés decide abandonar os socialistas e pula para o PR, legenda de centro-direita. A decisão, que irritara a senadora Lídice da Mata, teria sido tomada com base na preocupação que Schmidt tinha em manter-se longe da imagem do prefeito Antonio Henrique, representada nas figuras de Regina, então secretária municipal de Saúde, Zé, anticandidato em 2012, e Jorge, o capitão ligeireza. Após 8 meses de mediana encenação e ralo discurso, para espanto da plateia, sobretudo de um pequeno grupo de fãs, o jovem Moisés Schmidt é anunciado candidato a vice-prefeito de Barreiras na chapa liderada – vejam só – por Antonio Henrique.

A galhofa que representa a imagem de Dó Miguel e Moisés Schmidt é a demonstração clara e óbvia da ausência de seriedade na política brasileira. A tal mudança e a ríspida moral propaladas por ambos nada mais eram que panfletos. Para Dó, no campo político, o prejuízo é significativo – o empresário saiu menos milionário do que entrou. Moisés, apesar de continuar na disputa, estabeleceu seu próprio prazo de validade e, em poucos dias, poderá ser descartado. Portanto, que voltem os que não saíram do lugar.

 

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