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VENINA REITERA QUE DIRETORIA DA PETROBRAS SABIA DOS DESVIOS

Publicado em: 20/12/2014

Ex-gerente executiva da Diretoria de Abastecimento da Petrobras, Venina Velosa da Fonseca

A ex-gerente executiva da Diretoria de Abastecimento da Petrobras Venina Velosa da Fonseca prestou nesta sexta-feira, 19, depoimento ao Ministério Público Federal, em Curitiba, para apresentar denúncias de irregularidades na estatal. Na oitiva, que durou cerca de cinco horas, ela contou ter recebido ameaças após revelar desvios na companhia e reiterou que a atual diretoria da estatal sabia dos problemas em ao menos três setores, mas não tomou providências. Venina entregou aos investigadores da força-tarefa que investiga os crimes da Operação Lava Jato relatórios de auditorias, notas fiscais e comunicados internos da Petrobras, além do computador de seu uso. O material indicaria as impropriedades na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, em contratos da área de Comunicação e em processos de compra de óleo combustível por subsidiárias no exterior. No pacote levado a Curitiba, também estão as mensagens enviadas por ela à atual presidente da companhia, Graça Foster, e ao diretor de Abastecimento, José Carlos Cosenza, nas quais alertaria para as irregularidades. “É um conjunto probatório que, no meu entender, mostra que houve omissão dolosa por parte da diretoria”, afirmou o advogado Ubiratan Mattos, que acompanhou a ex-gerente no depoimento. “Com absoluta convicção, a diretoria sabia (das irregularidades). Tanto que ela foi ‘exilada’ para ficar longe”, acrescentou ele. O Ministério Público Federal (MPF) avaliará de há elementos para novas investigações. Venina foi gerente executiva da Diretoria de Abastecimento da Petrobras de 2005 a 2009. No período, ela foi subordinada ao então diretor Paulo Roberto Costa, que confessou, este ano, em regime de delação premiada, um esquema de pagamento de propina por empreiteiras, que abasteceria partidos da base aliada, em troca de contratos superfaturados de obras da estatal, entre elas Abreu e Lima.

Fábio Fabrini, Estadão Conteúdo

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