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TEBET DIZ QUE DORIA SEMPRE FOI ALIADO E QUE NÃO SERÁ ABANDONADA NO MDB

Publicado em: 24/5/2022

A senadora e pré-candidata Simone Tebet (MDB-MS) afirmou nesta segunda-feira (23) que João Doria (PSDB) “nunca foi adversário”, “sempre foi aliado”, e descartou a possibilidade de ser abandonada futuramente pelo seu partido e os demais que buscam consolidar uma candidatura de terceira via à Presidência.
Ela se manifestou por meio de nota e também em um encontro do MDB em Cuiabá, instantes depois do pronunciamento de Doria anunciando a desistência de se candidatar ao Planalto.
A saída de Doria abre caminho para que Simone Tebet seja a candidata da chamada terceira via.
“Doria nunca foi adversário. Sempre foi aliado. Sua contribuição com a luta pela vacina jamais será esquecida. Vamos conversar e receber suas sugestões para nosso programa de governo. O Brasil é maior do que qualquer projeto individual”, afirmou a senadora por meio de nota.
“A união do centro democrático não é por opção, mas por necessidade de oferecer ao Brasil uma alternativa de poder”, completou em Cuiabá, depois de dizer que “gostaria muito de ter o PSDB e o Cidadania junto conosco”.
Em relação à resistência interna dentro do MDB pela sua candidatura, como nas regiões Nordeste e Sul, Tebet afirma que isso faz parte do jogo democrático e que a sigla chegará unida na convenção partidária.
“O MDB é isso, o maior partido do Brasil. Nós estamos falando do partido que tem o maior número de prefeitos, vice e vereadores. É natural que não tenhamos a unanimidade, mas nós vamos ter a unidade do partido na convenção. Nós temos pelo menos 80% do diretório conosco”, afirmou.
“Quando falamos de Nordeste nós lembramos sempre de dois personagens apenas, e não falamos de outros. Eles não podem representar a maioria dos nossos colegas parlamentares do Nordeste”, disse em referência ao senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Ela também aproveitou para criticar a própria legenda. “O que fez com que o MDB diminuísse no Nordeste e não no Sul. Não foi isso. Vamos lembrar que nós temos que fazer uma mea culpa e fazemos, o MDB esteve envolvido em escândalos do petrolão. O que diminui um partido não é o fato de se ter candidatura própria, ao contrário”, afirmou.
Segundo Tebet, o seu nome é respaldado por pesquisas qualitativas e quantitativas e, principalmente, pela baixa rejeição.
“Essa pesquisa mostrou duas coisas: Que sou a candidata menos rejeitada e com maior percentual de crescimento. Aliado ao fato de a que a maioria do eleitorado que não quer Lula nem Bolsonaro é feminino”, disse a pré-candidata.
Tebet disse em Cuiabá que recebeu com “surpresa” a desistência de Doria pela data. Porém, agradeceu o tucano dizendo que o gesto foi de “grandeza e generosidade”.
“[Ele] percebeu que o momento é de união e que temos que estar os três partidos, MDB, PSDB e Cidadania, dentro dessa frente democrática para que possamos a partir de então buscarmos outros parceiros para esse grande projeto de reconstrução do Brasil”, disse.
Questionada se acredita na migração dos votos de Doria para o seu nome, a senadora disse que apenas o tempo dirá, mas que está confiante herdar tais votos e que o ex-governador de São Paulo será sempre lembrado.
Ao anunciar sua desistência, Doria afirmou: “Me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve. Saio com sentimento de gratidão e a certeza de que tudo o que fiz foi em benefício de um ideal coletivo, em favor dos paulistanos, dos paulistas e dos brasileiros”.
“Hoje, serenamente, entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB. Aceito esta realidade com a cabeça erguida. Sou um homem que respeita o bom senso, o diálogo e o equilíbrio. Sempre busquei e seguirei buscando o consenso, mesmo que ele seja contrário à minha vontade pessoal. O PSDB saberá tomar a melhor decisão no seu posicionamento para as eleições deste ano”, afirmou Doria.
O anúncio, feito em tom grave, na casa alugada para seu comitê de campanha, nos Jardins, contraria a postura de Doria e de seus aliados nos últimos dias, que vinham negando a possibilidade de abrir caminho para a emedebista.
Dirigentes do PSDB não acreditavam que haveria acordo com Doria e apostavam até na judicialização do imbróglio. O tucano chegou a sinalizar que buscaria a Justiça Eleitoral para garantir que o PSDB lhe desse legenda com base no fato de ter vencido prévias em novembro passado.
Doria afirmou nesta segunda que “o Brasil precisa de uma alternativa para oferecer aos eleitores que não querem os extremos”, em estocada nos líderes das pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
Após o pronunciamento, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, afirmou que a decisão do ex-governador comprova que ele não colocou seu projeto pessoal acima do país e disse que o tucano terá o papel que quiser nestas eleições.
Araújo indicou que o partido dará seguimento à coligação com MDB e Cidadania, mas evitou dizer que Tebet já está escolhida, embora esse seja o acerto entre os partidos. O dirigente afirmou que o PSDB deve indicar um vice para a chapa.
O PSDB deve deliberar apoio a ela em reunião da executiva nesta terça-feira (24). MDB, PSDB e Cidadania têm um acordo para lançar uma candidatura única da chamada terceira via —e, na semana passada, uma pesquisa encomendada pelos partidos indicou que a emedebista era mais viável do que o tucano.

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