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Senadores baianos criticam inclusão de municípios à Sudene: ‘Já não atende bem’

Publicado em: 21/11/2017

por Estela Marques

Senadores baianos criticam inclusão de municípios à Sudene: 'Já não atende bem'

Montagem: Bahia Notícias

No último dia 1º, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Complementar que coloca mais 81 municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo sob a responsabilidade da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). A matéria ainda não foi lida no plenário do Senado Federal para assim ser distribuída às comissões, mas parte da bancada baiana se posiciona contra a alteração aprovada. Isso porque, concordam os senadores Otto Alencar (PSD) e Lídice da Mata (PSB), a Sudene já não atende bem os municípios que estão sob sua abrangência hoje, imagina com mais 83. “Acho isso uma coisa que não deveria ter sido feita, porque a Sudene já não funciona bem hoje par aos estados do Nordeste nem para o norte de Minas. Praticamente está sem função, desativada. Ela já não atende bem o que tem, vai agora incluir outros municípios de Minas e Espírito Santo, ou seja, aumentar área de atuação diminuindo capacidade de resolutividade. Acho que é coisa oportunista, politiqueira”, avaliou Otto, sugerindo que a aprovação da pauta ainda é consequência da barganha feita entre o governo e a base aliada para barrar a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Michel Temer. “Órgão de desenvolvimento do nordeste já tem pouco investimento e já disputa uma situação de muita desigualdade com Sul e Sudeste, acho que não tem nenhum sentido”, acrescentou Lídice. Em entrevista ao Bahia Notícias, o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA) sinalizou que buscaria apoio do Senado para barrar a proposta (veja aqui). A Sudene foi criada em 1959 pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek para fomentar o desenvolvimento da região Nordeste e da porção ao norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, e assim diminuir a disparidade entre as regiões do Brasil. E é nisso que o senador Roberto Muniz (PP) se apega ao avaliar a situação recente: a similaridade entre o Nordeste e algumas cidades dos estados do Sudeste. “Os recursos são públicos. Claro que nós levarmos mais recursos para o Nordeste é importante fundamental, mas quando da origem dessas instituições… Banco do Nordeste tem atividades e agências nos estados do Sudeste por causa da questão da similaridade do regime climático, então, o que a gente precisa olhar é se essas condições técnicas colocadas para os municípios fazerem parte estão sendo feitas com esse rigor”, ponderou Muniz. O senador acredita que a população de ambas regiões é igual e está em condições iguais. Apesar do posicionamento, Muniz não soube dizer se é favorável ou contrário à inclusão dos novos municípios à Sudene, porque condiciona sua decisão à leitura do projeto. Por outro lado, os senadores Otto e Lídice demonstraram interesse em articular apoio para barrar a PLC. “Estou animado para defender meu estado e região, como sempre faço. Agora essa questão vou lutar com todas as forças, mas o governo tem maioria no Senado. Maioria tão grande que não permitiu afastamento de Aécio Neves, que maculou a imagem do Senado Federal”, disse Otto. O senador fez referência à decisão do plenário em rejeitar recomendação do Supremo para afastar o tucano do cargo e mantê-lo em recolhimento noturno.

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