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SENADORES BAIANOS ADMITEM QUE AGENDA BRASIL É CONSENSO E NEGAM ISOLAMENTO DE CUNHA

Publicado em: 14/8/2015

por Rebeca Menezes/ Alexandre Galvão

Senadores admitem que Agenda Brasil não é consenso e negam isolamento de Cunha

Foto: Reprodução/ Agência Estado
Os senadores baianos estão satisfeitos com a elaboração da Agenda Brasil, série de propostas apresentadas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), que visa a retomada do crescimento do país. A lista de 28 itens, divididos em quatro eixos – negócios e infraestrutura, equilíbrio fiscal, proteção social e de crescimento – foi desenvolvida após discussões entre os integrantes da Casa e visa propor soluções que permitam a saída da crise. “Achei ótimo. Todos estão envolvidos, discutiram. Essa é uma saída para o Brasil”, defendeu Otto Alencar (PSD). Mesmo assim, o senador admite que nem todas as medidas possuem consenso entre os parlamentares, e que as votações permitirão a análise do que é realmente válido. “Por ser uma agenda muito extensa, muita coisa vai ser aproveitada enquanto outras não vão passar. Eu sou contra a questão da cobrança por serviços do SUS, por exemplo. Não significa que vamos aprovar tudo. Eu sou governista, mas já votei contra a presidente Dilma”, avaliou Otto. O senador Walter Pinheiro (PT) concorda. Segundo ele, o plano é um desdobramento de 43 projetos que já tramitam no Congresso Nacional e que permitirão que o país saia da crise. “Pode ser que votemos todos os projetos? Pode. Pode ser que a gente vote um pouco menos? Também. É um trabalho de diversos senadores, e temos que defender aqueles itens que atendam às demandas da população”, defendeu. “A proposta que apresentamos é uma alternativa para o momento da crise. Não é para discutir Lava Jato, nem TCU, nem partido A ou B, nem salvar a pele de ninguém”, complementou. Para senadora Lídice da Mata (PSB), as propostas devem ser reduzidas. “Talvez eles sejam reduzidos a menos de uma dezena”, especulou. A proposta do Senado, ainda de acordo com a socialista, é “ajudar o país a sair mais rápido da crise”. “Quem sofre com a crise não é só o povo, são os empresários, todo mundo no país”, enumerou. Com pontos polêmicos como a cobrança por serviços do SUS – já retirado da pauta por Calheiros após rediscussão do ponto com o governo –, o texto teve recepções distintas pelo público e por outros parlamentares. Enquanto o anúncio ganhou espaço como uma nova tentativa de sair da crise econômica, a crise política se manteve, principalmente com a reação de um de seus principais protagonistas: o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB).
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil 

Após a divulgação da Agenda Brasil, Cunha criticou o que chamou de tentativa de “isolar” a Casa das decisões. Mesmo depois de alguns dias, já mais calmo, o peemedebista reforçou que o Senado não conseguiria aprovar as medidas sem a contribuição dos deputados. Os senadores, contudo, negam que tenha havido qualquer tentativa de exclusão. “Não estamos ignorando. Pelo contrário. Muitas ideias foram pautadas com base em discussões da própria Câmara. Acredito que foi uma interpretação intempestiva do deputado”, avaliou Alencar. “É óbvio que os consideramos. Quase todas as propostas vão para a Câmara, até porque temos um regime bicameral. O que começa em um termina no outro.

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