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SANTA MARIA DA VITÓRIA: CENTO E SEIS- POR MARCIO MEDEIROS

Publicado em: 28/6/2015

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CENTO E SEIS
Por Márcio Medeiros

A rocha essencial é o arrojo de sua aguerrida gente. O temperamento coletivo dos nativos é definidor do que poder-se-ia chamar de santamariense família de laço latente.
As ramificações dessa árvore são os filhos adotivos que a adotaram. A sua artéria vital é o Corrente, assolado e atacado pela cegueira predatória e protegido por sua natureza de rei manso resistente.
O “Alto da Igrejinha” é o flutuante castelo que, menos na terra que no céu, figura entre as nossas plasticidades redentoras. O cheiro de fardo do Mercado é a memória sensorial dos filhos diletos e das abnegadas genitoras.
Os personagens, a amarela terra, o verde-musgo do rio. De Dona Rosa a Guarany, a carranca mais fascina que espanta. De Calai a Clodomir, da imponência da já clássica Caixa D’Água à sanguínea poesia nos olhos da padroeira santa.
De José Borba a Osório Alves de Castro e Eugênio Lyra, os hiatos da história, o que atravessa tudo é a solar matriz humana de Santa Maria da Vitória.
Um século e pouco, um século é pouco… Dores também nos fizeram. E a alegria sobrevive quase incólume. A fé, a festa, junho, fevereiro. O cerrado e o peixe, o oracular Tamarindeiro. A pedreira, a tarrafa e o remanso. A cagaita, a correnteza com descanso.
A Prainha, o Poço Fundo, o pedregulho. No coração santamariense, a coragem sem alarde e com barulho.
E há também o erro. O sangue espesso, as nódoas vãs, a paixão rubra, os vis ardis, ninguém acerta. Como já fora dito: Santa Maria prende e liberta.
Os seus, fatalmente se arriscam, se machucam, se antecipam, ora hesitam e jamais caem.
Ainda que longe se vá, dela não se sai.

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