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RENAN DECLARA GUERRA A DILMA E ROSSETO REBATE

Publicado em: 30/4/2015

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Agência Brasil – O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quinta-feira 30) que a decisão da presidenta Dilma Rousseff de não fazer o tradicional pronunciamento em cadeia de rádio e TV no Dia do Trabalho enfraquece o governo. “Essa coisa da presidenta da República não poder falar no dia 1°, porque não tem o que dizer, é uma coisa ridícula. Isso enfraquece muito o governo”, destacou.

Renan reuniu os jornalistas e disse que democracia no Brasil foi feita para ouvir a sociedade. “As panelas precisam se manifestar. Todos precisamos ouvir o que as panelas dizem. O que nós não podemos deixar de ter no Brasil é falta de iniciativa, é falta de ter o que dizer”, afirmou.

O presidente do Senado propôs o que chamou de “pacto em defesa emprego”. Segundo ele, assim como há meta de inflação e de superávit fiscal, o país precisa de meta de emprego. “Poderíamos estimular aqueles setores que criam empregos além da média”, explicou. De acordo com Renan Calheiros, o pacto seria provisório, “enquanto durasse a recessão e o país retomasse o crescimento”.

Na segunda-feira (27), o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, informou que a presidenta Dilma Rousseff não gravaria um pronunciamento à nação para ser exibido em cadeia nacional de rádio e televisão no Dia do Trabalho. Segundo Edinho Silva, a presidenta dialogará com os trabalhadores e com a sociedade brasileira pelas redes sociais. “É uma forma de valorizarmos outros meios de comunicação.”

As declarações do senador foram rebatidas pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, que ressaltou que o governo não teme novos panelaços. “O governo não teme (novos “panelaços”), o governo fala, se manifesta, se pronuncia, tem iniciativas positivas e seguramente, com maior impacto, esse extraordinário compromisso de renovação da valorização do salário mínimo. O governo respeita a democracia, respeita manifestações”, respondeu.

Renan também declarou hoje que a coordenação política do governo, atualmente comandada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, não pode se transformar em uma “articulação de RH [recursos humanos]”.

“O PMDB não pode transformar a coordenação política, sua participação no governo, em uma articulação de RH, para distribuir cargos e boquinhas. Eu acho que isso tudo faz parte de um passado do Brasil que cada vez mais nós temos que deixar para trás”, afirmou o parlamentar.

Em entrevista, ele ressaltou que não indicará cargos ao Executivo. “Eu sou governo, [mas] o que eu não quero é participar do Executivo, eu não vou indicar cargo no Executivo porque esse papel é incompartível com um Senado independente”.

Renan Calheiros disse que prefere manter a coerência de ter um Senado independente do que participar de indicações de cargos para o governo. Para ele, o papel do PMDB é qualificar a coalizão dando um fundamento programático a ela. “O pior papel que o PMDB pode fazer é substituir o que o PT tem de pior que é o aparelhamento do Estado”, disparou o presidente do Senado.

O senador minimizou os desentendimentos com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se intensificaram após declarações contrárias ao projeto de lei que regulamenta a terceirização na atividade fim da empresa. A matéria já foi aprovada pelos deputados e agora tramita no Senado.

“Absolutamente nenhum mal-estar. É evidente que tenho diferenças com o presidente Eduardo Cunha mas essas diferenças são menores. O que não pode é ter diferença entre as duas Casas do Congresso Nacional, porque essas diferenças se explicitam no rumo do enfraquecimento do Legislativo e as panelas, nesse momento, não querem o enfraquecimento do Legislativo”, avaliou o presidente do Senado.

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