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Reitor da Ufba está ‘virando as costas para as pessoas que precisam de UTI’, acusa Neto

Publicado em: 24/7/2020

por Bruno Luiz / Ailma Teixeira

Reitor da Ufba está 'virando as costas para as pessoas que precisam de UTI', acusa Neto

Foto: Secom / PMS

Ao comentar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou a suspensão de leitos de UTI para pacientes com Covid-19 no Hospital Salvador, o prefeito ACM Neto (DEM) voltou a criticar a postura do reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), João Carlos Salles.

 

A instituição trava uma briga judicial com a prefeitura porque a unidade de saúde abriga, temporariamente, a Maternidade Climério de Oliveira (MCO). Sendo assim, a Ufba aponta que a UTI Covid colocaria em risco de contaminação bebês e puérperas, o que a gestão municipal nega.

 

“O reitor está sendo insensível, virando as costas para as pessoas que precisam de UTI. Está dentro de uma bolha, usando argumentos que não são verdadeiros até porque, dentro da própria Climério de Oliveira, teve gestante com Covid. Não somos nós que estamos levando Covid para lá”, rebate Neto, reforçando que a posição do reitor está “contra a cidade”.

 

De acordo com ele, “há absoluto isolamento” na área ocupada pelos pacientes acometidos com o coronavírus. “Ninguém é louco de permitir que gestante e recém nascido se contamine, em função da coexistência de duas alas, completamente apartadas, uma para tratar de pacientes com Covid, outra para tratar de gestantes”, defende.

 

Já a Ufba indicou no processo que a UTI Covid ficaria em frente à UTI neonatal, além de que o acesso no hospital seria feito por apenas dois elevadores, dificultando o afastamento entre as equipes. Foram esses os argumentos acatados pelo ministro Dias Toffoli, presidente do STF, ao julgar a ação. A decisão do magistrado revogou a liminar que havia permitido a implantação de 24 leitos para Covid – 14 clínicos, que ainda seriam instalados, e 10 de UTI (saiba mais aqui).

 

Com oito pacientes já internados no hospital em situação mais grave, a Prefeitura de Salvador vai recorrer da decisão. Além disso, o prefeito ressaltou que não vai retirar os pacientes que estão lá. “Os leitos instalados no Hospital já estão ocupados. Eu não tenho como tirar um paciente que está intubado, em uma UTI. Isso não é possível. Quando a prefeitura tomar conhecimento da decisão, quando nós formos notificados, deixaremos de encaminhar novos pacientes”, afirma (veja aqui).

 

Na ocasião, ele frisou ainda a importância dos leitos do hospital para que a capital baiana consiga reduzir a ocupação de leitos até 70% e dar início à fase 2 da retomada da economia. Nesta sexta (24), mesmo com a decisão do STF, a fase 1 pôde ser liberada, já que a taxa de ocupação nas UTIs se manteve abaixo de 75% por cinco dias consecutivos. Shoppings, lojas de rua com mais de 200 m², templos religiosos e eventos drive-in agora estão autorizados a funcionar. (Atualizada às 11h17)

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