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PREFEITOS RECLAMAM DA SITUAÇÃO CRÍTICA VIVENCIADA PELOS MUNICÍPIOS

Publicado em: 09/11/2017
Apesar dos sorrisos pra foto, a situação dos municípios tem entristecido os prefeitos.(Foto: Gazeta 5)

Durante entrevista coletiva, concedida no início da tarde desta quarta-feira (08) ao jornalista Marcelo Brito, da rádio Portal do Oeste FM, em Ibotirama, os prefeitos de cinco dos municípios do Oeste da Bahia avaliaram a difícil situação enfrentada atualmente pelas prefeituras.

Redução nos repasses da União, dívidas herdadas de gestões anteriores, divida com fornecedores e a falta de receita própria são as principais queixas dos gestores das cidades de Brotas de Macaúbas, Muquém do São Francisco, Ibotirama, Morpará e Buritirama.

Brotas de Macaúbas

Em Brotas de Macaúbas, onde mais de 75% dos empregos são gerados pela prefeitura, de acordo com prefeito Litercilio Junior (PT), a demissão de servidores foi a solução encontrada para tentar equilibrar as contas do Município até o mês de dezembro.

Dificultando ainda mais a situação, mais de R$ 200 mil foram bloqueados pela Receita Federal por conta de débitos anteriores com o INSS. Após renegociações, o valor de R$ 6 milhões está sendo pago de forma parcelada pelo atual governo.

Prefeito Litercilio Junior, Brotas de Macaúbas.( Foto: Gazeta 5)

Muquém do São Francisco

Situação semelhante é enfrentada pelo prefeito Márcio Mariano (PP), em Muquém do São Francisco. Conforme ele, aproximadamente R$ 3 milhões ainda estão sendo pagos  à Receita Federal. O valor é herança deixada pelo governo anterior.

Além disso, o débito atual da prefeitura com fornecedores chega próximo aos R$ 500 mil. Contenção de despesas e cortes de pessoal são alternativas utilizadas para tentar alinhar as contas.

Prefeito Márcio Mariano, Muquém do São Francisco. (Foto: Gazeta 5)

Ibotirama

Em Ibotirama, o prefeito Terence Lessa (PT) tenta se adequar a Lei de Responsabilidade Fiscal imposta pelo Tribunal de Contas dos Municípios. Apesar da Norma exigir que se gaste com pessoal o equivalente a 54% da folha, o percentual já está acima dos 60%.

Uma das justificativas para essa situação é a de que a evolução das despesas com folha são superiores ao aumento das receitas. Entre as medidas tomadas pelo gestor, está a redução do seu próprio salário  e dos agentes com cargos comissionados.

Prefeito Terence Lessa, Ibotirama.(Foto: Gazeta 5)

Morpará

Em Morpará, só neste ano, a prefeitura já enfrentou dois bloqueios de verbas por conta de contas não pagas pelas gestões passadas. O prefeito Lelei (PT) chegou a reduzir o seu próprio salário e o de alguns agentes, mas precisou revogar o decreto devido à pressão sofrida pela Câmara de Vereadores, onde tem minoria.

Ainda de acordo com o prefeito, o Município, que está inadimplente, sofre graças aos erros cometidos nas gestões anteriores. Várias ações, inclusive contra o Governo Federal, já foram iniciadas na tentativa de tirar a prefeitura da situação em que se encontra. Contratos de aluguéis de imóveis e veículos também já estão sendo rescindidos.

Prefeito Lelei, Morpará. (Foto: Gazeta 5)

Buritirama

Buritirama passa pelas mesmas dificuldades enfrentadas pelos demais municípios. Conforme o prefeito Dedê (PP), a falta de recursos  tem preocupado a administração.

O prefeito baixou um decreto cortando gastos e também reduziu o salário dele próprio, do vice e das pessoas que ocupam cargos comissionados. Apesar de impopular, a medida foi bem aceita pelos servidores.

Prefeito Dedê, Buritirama.(Foto:Gazeta 5)

 Busca de alternativas

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) está organizando um protesto para o dia 22 de novembro. Prefeitos de vários estados vão a Brasília pressionar o presidente Michel Temer (PMDB) pela liberação de recursos extras.

No último dia 26 de outubro, os prefeitos baianos fecharam as portas em protesto contra as dificuldades enfrentadas pelos municípios por conta da crise econômica. A expectativa é de que o Governo Federal libere verbas que possibilitem o fechamento das contas no fim do ano.

Fonte:Gazeta 5

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