PRB AMEAÇA ROMPER COM GOVERNO SE DILMA NAO TIRAR NOVO MINISTRO DO ESPORTE
Publicado em: 27/12/2014por João Domingos | Estadão Conteúdo
Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil
Setores mais à esquerda do PT, descontentes com a nomeação, fizeram chegar à presidente a informação de que o futuro ministro enfrentava problemas legais, como o flagrante ocorrido em 2005, no Aeroporto da Pampulha, quando Hilton levava R$ 600 mil em 11 malas. Ele foi expulso do PFL, seu partido à época, apesar da justificativa de que o dinheiro provinha da doação de fiéis da Igreja Universal, da qual é pastor. Marcos Pereira disse que não aceita um recuo da presidente nem a troca da pasta. O PRB, formado por integrantes da Universal, tem atuado na base dos governos do PT desde os tempos de Lula e adotou como tática política controlar as pastas de Esporte não só no governo federal, mas nos estaduais – o paulista Geraldo Alckmin (PSDB) e Rodrigo Rollemberg (PSB), no Distrito Federal, seguiram o exemplo de Dilma. “Fui eu que levei o nome do George Hilton à presidente. Fui eu que pedi o Ministério do Esporte”, afirmou Pereira. Indagado se Dilma pode recuar, visto que o futuro ministro ainda não tomou posse, o presidente do PRB respondeu em tom de ameaça. “Pode. É um direito dela. Mas se ela recuar, o PRB sai da base e vai para a oposição. Qualquer mudança vai levar a esse tipo de atitude da minha parte e do meu partido.” A nomeação de Hilton causou surpresa nos meios esportivos, porque significa uma descontinuidade da administração de Aldo Rebelo. A pedido da presidente, Rebelo deixou de concorrer à reeleição para ficar à frente da pasta na Copa. O PC do B tinha esperanças de que Rebelo permaneceria à frente do Esporte também na Olimpíada do Rio, em 2016. A pasta tem importância estratégica por fazer parte da Autoridade Pública Olímpica, consórcio que reúne o Estado e a Prefeitura do Rio e gerencia as obras da competição. Além disso, Rebelo é um dos interlocutores do Comitê Olímpico Internacional (COI) no País.
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