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PGR NÃO PODERÁ PASSAR NOMES DE POLICOS A DILMA, DIZ CARDOZO

Publicado em: 23/12/2014

por Ricardo Brito | Estadão Conteúdo

PGR não poderá passar nomes de políticos a Dilma, diz Cardozo

Foto: Allan de Carvalho/ Agência MJ
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou nesta terça-feira (23), que não poderá repassar qualquer tipo de informação ao governo sobre o envolvimento na Operação Lava Jato de possíveis indicados a ministérios. Ontem, em café da manhã com jornalistas, a presidente disse que pretendia consultar o Ministério Público antes da nomeação de novos ministros. Em rápida entrevista coletiva, Cardozo disse ter conversado ontem à noite por telefone com Janot. O chefe do Ministério Público Federal afirmou a ele que não teria como repassar qualquer informação ao governo porque as delações premiadas da Lava Jato correm sob segredo de Justiça. Cardozo disse ter repassado o posicionamento de Janot para Dilma Rousseff hoje pela manhã. “O procurador-geral da República nos disse que não tinha como fornecer qualquer tipo de informação, uma vez que essa questão está sob sigilo legal e que naturalmente não dependeria de uma decisão dele a respeito”, afirmou. Segundo ele, o repasse de qualquer nome poderia atrapalhar futuras investigações. O ministro da Justiça disse que, diante da negativa de Janot, as nomeações para compor o segundo mandato de Dilma levarão em conta as “informações disponíveis” no momento. Questionado se poderiam levar em conta os vazamentos da imprensa, ele disse que a análise primeira é a que está disponível em registros oficiais e, no caso da imprensa, elas passarão por uma avaliação do governo. Cardozo rebateu a crítica feita pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa segundo o qual a sugestão feita ontem por Dilma colocaria o Ministério Público como órgão de assessoria da Presidência. Barbosa chegou a chamar a iniciativa de “degradação institucional”. “Eu acho curiosa a crítica, porque ter informações é algo básico, porque é natural que um governante, para formar a sua equipe, tenha informações”, disse Cardozo. “Talvez o ministro Joaquim não teria entendido bem, a gente não pediu consultoria, pediu informações”, completou.

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