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MORADORES DO DISTRITO DO ROSÁRIO REALIZAM FORTE PROTESTO CONTRA O PREFEITO DE CORRENTINA E GOVERNO DO ESTADO

Publicado em: 06/7/2013

Os protestos populares continuam pipocando no Oeste Baiano. Desta vez quem saiu as ruas foi a população do Distrito de Rosário, zona rural de Correntina (BA), divisa com Goiás. Os moradores da localidade fizeram um forte movimento cobrando atenção dos governos municipal e estadual e demonstrando total insatisfação pela situação de abandono enfrentada pelo distrito.

A manifestação começou por volta das 16h desta sexta-feira, 5. De acordo com moradores, o descaso com a saúde, a educação e a infraestrutura lidera a lista do abandono em que se encontra o Rosário. O presidente da Associação de Moradores, Denis Ribeiro não teve meias palavras ao falar sobre a manifestação: “Nós estamos nas ruas para reivindicar os nossos direitos. Não estamos pedindo nada de mais. Só o que é meu e dos demais moradores. Por que o prefeito Laerte não investe na Educação, na saúde, na infraestrutura, na segurança, no esporte,e no lazer nesta localidade? Nós pagamos todos os nossos impostos. Eu não posso afirmar com certeza, mas a nossa comunidade gera em torno de quatro milhões de reais mensais ao município de Correntina e não vemos retorno algum desse dinheiro. O prefeito entra na onda de que o país está endividado e muitas cidades não têm recursos, mas aqui, no Rosário é um bolsão. Tem dinheiro, mas vai para a sede do município e não volta em forma de melhorias para a comunidade”.

O vice-presidente da associação, Harry Huenstein, considerou a falta de investimento em saúde como a questão mais preocupante: “Temos um posto de saúde, mas os médicos só aparecem no máximo duas vezes por semana. Quando alguém aqui fica doente levamos para Posse (GO) e não é sempre que eles podem nos atender. Estamos abandonados em todos os sentidos. Escola só tem uma para mais de quinhentos alunos. Colégio estadual só se tem um anexo na própria escola. Estamos largados”.

O presidente do CONSEG (Conselho de Segurança), Juarez, ressaltou que a Segurança Pública no distrito só existe quando é custeada pela iniciativa privada: “Eu, Juarez, peço ‘esmolas’, para poder conseguir comida para os policiais que aqui trabalham. Peço ‘esmolas’ para conseguir pagar a conta de água, luz, telefone, internet, gasolina. Agora eu pergunto: Isso é para ser assim? Não! não é! Mas acontece, pois o governo do estado não sabe nem que existe Rosário. O prefeito, ah, o prefeito? Nos enrola, promete, mas não cumpre nada do que fala. Aqui temos um grupo de empresários e pessoas dispostas a ajudar que pagam um carnê todo mês no valor de R$ 300 para ajudar a manter a policia, tanto a Militar quanto a Civil”.

Pelas ruas, os moradores exigiram mais atenção das autoridades para o distrito. “Tudo o que precisamos aqui, dependemos de Goiás. Nós ainda somos Bahia! Nossos filhos quando não nascem em Posse acabam sendo registrado lá. Se acontecer um acidente grave, ou algo parecido, é do Goiás que vem o socorro. Se a Bahia não nos quer, Goiás quer!”, disse um dos manifestantes.

Após percorrer várias ruas do distrito, a manifestação foi encerrada por volta das 18h, às margens da BR 020.
“Não ficaremos somente nesta manifestação. Enquanto não formos atendidos, continuaremos protestando. Se for o caso, vamos até Correntina, mas o prefeito não nos enrola mais”, finalizou uma manifestante.SigiVilares

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