IMA IDENTIFICA MANCHA ESCURA DE 25 KM DE EXTENSÃO NO VELHO CHICO

O Instituto de Meio Ambiente (IMA) identificou uma mancha escura de 25 km de extensão, durante uma vistoria realizada neste fim de semana, no leito do Rio São Francisco em Delmiro Gouveia, sertão de Alagoas. Na última sexta-feira (10), a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) já havia informado que a mancha pode ter sido provocada após a abertura de duas comportas da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), em Paulo Afonso, na Bahia, divisa com Alagoas. Segundo o IMA, a abertura das comportas pode ter feito material orgânico acumulado ao longo de 30 anos se misturar ao rio. A Diretoria de Monitoramento e Fiscalização do instituto deve intimar a Chesf a apresentar o relatório do procedimento de abertura de comportas, realizado no final de fevereiro deste ano. Por causa do aparecimento da mancha no São Francisco, o fornecimento de água foi suspenso em algumas cidades alagoanas, que estão sendo abastecidas com carros-pipa. Segundo Ermi Ferrari, diretor de Monitoramento e Fiscalização do IMA, durante a vistoria na região, foi constatado que, aparentemente, não há nenhuma indústria ou empreendimento que pudesse causar um problema com a mesma proporção. “Na atual situação que o país passa em relação aos recursos hídricos e a baixa vazão do São Francisco, considero o problema grave”, afirmou Ferrari em entrevista ao G1. O IMA deverá continuar acompanhando o caso por causa dos impactos verificados em Alagoas, mas a responsabilidade do monitoramento é do Instituto Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A Chesf informou que deve emitir um posicionamento sobre a abertura das comportas.