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Ex-FNDE, Silvio Pinheiro diz que órgão é principal ‘canhão político’ do governo

Publicado em: 20/5/2020

por Breno Cunha

Ex-FNDE, Silvio Pinheiro diz que órgão é principal 'canhão político' do governo

Foto: Divulgação / FNDE

Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) por dois anos, na gestão de Michel Temer, Silvio Pinheiro acha que o órgão, na mira de partidos políticos envolvidos com corrupção, é um dos principais instrumentos políticos dentro do governo federal.

 

O FNDE está prestes a ir para as mãos do centrão (veja aqui). Isso porque um indicado do PP, de Ciro Nogueira, investigado na Lava Jato e denunciado ao Supremo Tribunal Federal pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, deve assumir o comando do fundo.

 

Ao Bahia Notícias, Silvio Pinheiro destacou que o FNDE “tem uma estrutura interna muito sólida” para impedir atos de corrupção, inclusive sendo “acompanhado de perto pelo Tribunal de Contas e Ministério Público Federal”.

 

“Mas do ponto de vista político, o FNDE tem instrumentos muito robustos para fazer o jogo político. Onde você [o governo federal] vai colocar uma creche, um ônibus, ginásios, computadores, ar-condicionado. […] Onde você vê alimentação escolar, tem o FNDE, livros didáticos, tem o FNDE, transporte escolar, os ônibus amarelinhos, tem o FNDE. Ou seja, o FNDE é o principal braço operacional do Ministério da Educação”, disse.

 

De acordo com ele, o fundo é um dos principais, senão o principal “canhão político-eleitoral” do governo federal. “Eu costumava dizer que o FNDE do ponto de vista político é um canhão. Provavelmente deve ser o maior canhão eleitoral do governo”, falou, explicando que as articulações podem acontecer na escolha de prefeitos agraciados com obras ou recursos federais para investimento em educação, por exemplo.

 

“Tem um ano e meio que eu saí de lá, mas a informação que eu tenho é que os últimos presidentes, inclusive a atual [Karine Silva], tentaram, se esforçaram bastante para manter o nível de execução”, acrescentou.

 

Silvio assumiu o FNDE meses após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo ele, quando chegou, o fundo tinha algumas dívidas, “com fornecedores da parte do FIES, além de um déficit grande em obras, e conseguimos atualizar”. De acordo com ele, “não deve ter um município na Bahia que não teve investimento no FNDE”.

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