Bem Vindo ao Correio do Oeste - 11 Anos Alimentando Você com Informações Políticas !

Empreiteiras pagaram R$ 40,2 mi em mesadas a Cabral em troca de obras

Publicado em: 17/11/2016
Empreiteiras pagaram R$ 40,2 mi em mesadas a Cabral em troca de obras

Foto: Reprodução / TV Globo
Os pagamentos de propina de empreiteiras ao grupo liderado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), preso na manhã desta quinta-feira (17), ocorreram entre 2007 e 2014, durante seus dois mandatos. De acordo com o procurador Lauro Coelho Junior, o esquema consistia no pagamento de uma mesada a Cabral em troca de grandes obras no estado, em regime de cartelização e fraude de licitações. A Andrade Gutierrez fazia pagamentos no valor de R$ 350 mil por mês por pelo menos um ano; já a Carioca Engenharia pagou R$ 200 mil por mês durante o primeiro mandato e R$ 500 mil por mês no segundo mandato. Ao todo, a força-tarefa da Operação Lava Jato estimam que a Andrade Gutierrez pagou efetiva e diretamente a Cabral R$ 7,7 milhões e a da Carioca, R$ 32,5 milhões. Além das mesadas, há o percentual de propina sobre os contratos, de 5% para Cabral e de 1% como “taxa de oxigênio” – a expressão era usada pelo subsecretário de Obras do estado, Hudson Braga, para designar a parte que lhe cabia nos acordos. Hudson e o ex-secretário de Governo de Cabral, Wilson Carlos Cordeiro, também preso nesta quinta-feira (17), estariam hierarquicamente abaixo do peemedebista na organização. Com os valores descontados dos contratos, a força-tarefa estima que R$ 220 milhões foram desviados dos cofres públicos em apenas três das obras envolvidas: a reforma do Maracanã para a Copa do Mundo, que custou R$ 1,05 bilhões; a construção do Arco Metropolitano (rodovia que liga Duque de Caxias ao Porto de Itaguaí), na qual foram gastos R$ 1,55 bilhões; e as obras de urbanização de favelas, conhecidas como “PAC Favelas”, no valor de R$ 1,14 bilhões. O dinheiro para o pagamento de propina era gerado no caixa 2 das empreiteiras, por meio de contratos fictícios com empresas, como as capitaneadas pelo operador Adir Assad, preso em março deste ano.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Blue Captcha Image
Atualizar

*