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Dirigentes e parlamentares baianos do Patriota divergem sobre filiação de Bolsonaro

Publicado em: 28/1/2021

por Mauricio Leiro / Mari Leal

Dirigentes e parlamentares baianos do Patriota divergem sobre filiação de Bolsonaro

Foto: Divulgação / PEN

Ainda sem um partido para chamar de seu, o presidente Jair Bolsonaro pode estar de malas prontas para o Patriota (entenda aqui). Com muitos partidos em seu currículo político, Bolsonaro poderá disputar a reeleição em 2022 em uma nova casa. As direções estadual e do diretório municipal da sigla em Salvador, além de alguns parlamentares com mandato no estado divergem sobre apoio à possível chegada do chefe do Executivo nacional. 

 

O presidente da legenda na Bahia é o atual secretário do Meio Ambiente de Lauro de Freitas e vereador licenciado, Alexandre Gomes Marques. Para o líder estadual, a chegada do presidente no Patriotas ainda é um “boato”, mas, apesar disso, poderia ser “muito bom” para o partido ter o presidente. “Até então não podemos dizer. Se ele vier, vai ter que fazer o trabalho no estado da Bahia. Ou será que a Bahia vai poder apoiar quem quiser? Principalmente, ele deve querer vir pensando na eleição. Não adianta cogitar nesse momento”, diz ao BN.

 

“Para mim estou desconhecendo. Tive com o vice-presidente nacional que tem ligação direta com Adilson. Ele desconhece. Eu ouvi também essas informações que tinha a possibilidade. E vi também que poderia ir para o PP também. É muito boato. Essa aproximação com Patriota é antiga. Se ele vier vamos ter que conversar. Em Salvador, o Patriota está com Neto. No estado, apoiei Rui. Tem que ser mais profunda”, completa Alexandre.

 

Em Salvador, o partido é presidido por Jean Sacramento, atual ouvidor-geral do município. Segundo ele, a legenda é uma junção do PEN com o PRP, que foram incorporados. Sacramento disse também que a chegada do presidente para a legenda, na Bahia, seria um “suicídio”.

 

“Eu digo, se isso vier acontecer. Quando falei com o presidente nacional, ele disse que faltava conversa. Ele disse que ainda tem muita conversa. O MBL em São Paulo fez três vereadores e não concorda. Baseado nessas questões não tem nada definido. Acontecer é reunir a executiva e saber a decisão tomar. Não pretendo caminhar com ele em 2022. Se não tiver interferência. Ele querendo vir para cá vai querer vir e interferir. Não sabemos. Agora, dependendo da situação”, explica o presidente municipal.

 

Já o deputado estadual Josafá Marinho, que assumiu recentemente o mandato na Assembleia Legislativa da Bahia, assumiu uma postura de cautela e afirmou “surpresa” com a possibilidade.”

 

“Não fui comunicado sobre essa filiação nem pelo diretório nacional e nem pelo estadual, não tenho conhecimento dessas tratativas”. Questionado se a filiação de Bolsonaro poderia vir a ser positiva para o partido, Marinho defendeu a necessidade de “consultar a base e também discutir com a direção nacional sobre a condição colocada para essa filiação, pois cada estado tem suas particularidades ideológicas e alinhamentos políticos”.

 

Também comenta a possibilidade a vereadora Roberta Caires, que revelou uma provável ida à Brasília nos próximos 15 dias. Segundo ela, mesmo sendo vereadora de 1° mandato vai se reunir com a executiva nacional do Patriota e apresentar projetos relevantes para Salvador, além de também ouvir o partido sobre esse tema, “se é real ou se não passa de especulação”. 

 

“Entendo que o Patriota, embora seja um partido pequeno, está alicerçado em valores democráticos e voltados para o fortalecimento do povo e da nossa pátria. Nossa doutrina se estabelece por laços de confiança e identidade que levam ao respeito, cooperação, harmonia, paz e ordem social. Desde que o presidente da República, Jair Bolsonaro, e qualquer outro político que se proponha a se filiar à nossa sigla sigam essas diretrizes, não vejo mal algum na adesão”, pontuou.

 

Outro integrante do partido é o vereador em Salvador Sandro Bahiense, que comentou não ter objeção à chegada de Bolsonaro. “A expressão do trabalho que Bolsonaro faz não interrompe o crescimento do Patriota. Cada um tem sua opinião dentro da sua base política. Ao meu ver será um crescimento para o partido”, disse.

 

“O partido foi montado com carinho e dará o seguimento correto. Eu sou da Marinha da reserva e tenho algumas propostas que se colocam praticamente a nível de contestação a favor do nosso povo. Tenho total confiança no trabalho que ele vem fazendo. Tenho compromisso com o povo e não vou de encontro com minhas origens”, acrescentou.

 

Parlamentar vinculado ao Patriota de Salvador, o vereador Daniel Rios, não respondeu aos contatos feitos pela reportagem. 

 

E O ALIANÇA PELO BRASIL?

Com a expectativa frustrada de ser criado até janeiro de 2021 (relembre aqui), o Aliança pelo Brasil ainda segue sem confirmações e prazos para conseguir sair do papel.

 

Até então, a Bahia estava entre os estados brasileiros que mais contribuíram para a criação do Aliança pelo Brasil, com o maior número de assinaturas do Nordeste e o quinto maior do Brasil (veja mais). Após um aceno do presidente para o retorno ao PSL, o Aliança pelo Brasil na Bahia seguiu buscando apoiadores (veja aqui).

 

A criação do partido no Brasil ainda segue sem definição e colhendo assinaturas para sua formalização.

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