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Delator diz que vice de Doria era seu ‘padrinho’ e ‘implantou esquemas no seio do Metrô’

Publicado em: 30/8/2019

O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), é citado pelo ex-diretor do Metrô de São Paulo Sérgio Corrêa Brasil, em delação premiada, como seu ‘padrinho’ e um dos supostos artífices dos esquemas de propinas nos contratos da Companhia. Em seu acordo, também conta que os esquemas teriam rendido um trensalão na Assembleia Legislativa de São Paulo, e abastecido as campanhas dos ex-governadores Geraldo Alckmin (PSDB) e José Serra (PSDB). A colaboração se deu com a força-tarefa da Operação Lava Jatoem São Paulo.

Garcia afirma que ‘já foi inocentado no STF por falsas acusações referentes ao metrô de São Paulo e lutará novamente contra essa injustiça’. “Neste contexto de recebimentos de vantagens indevidas, eu possuía o encargo de fazer “repasses políticos”. Tal incumbência deveu-se ao fato de que eu fui “apadrinhado” por Rodrigo Garcia (PFL) no Metrô-SP”, contou, em delação.

O delator afirma que, em 2002, não conhecia, mas chegou a ele a informação de que teria grandes chances de ser promovido para diretor do Metrô. “Entretanto, a par do “apadrinhamento” de Rodrigo Garcia (PFL)eu não fui nomeado Diretor do Metrô-SP naquela época”.

“A pessoa que foi nomeada Diretor “em meu lugar’ foi Sergio Salvadore, o qual seria, em tese, “apadrinhado” de Arnaldo Jardim (PPS), ou seja: na briga politica entre Arnaldo Jardim (PPS) e Rodrigo Garcia (PFL), a pessoa em tese apadrinhada por Arnaldo Jardim foi a escolhida”, relatou. Segundo Brasil, ‘ocorre que Sergio Salvador não tinha perfil de praticar ilicitudes e, aparentemente, não compactuou com o esquema arrecadatório implementado pelos políticos, por esse motivo, em virtude do esquema de contribuições politico-partidárias já implantadas no seio do Metrô-SP por Arnaldo Jardim (PPS), Rodrigo Garcia (PFL) e David’ [Luiz Carlos Frayse David, ex-presidente do Metrô].

A partir de então, Brasil diz ter sido ‘alçado a um dos responsáveis em propiciar o funcionamento do sistema arrecadatório politico já vigente’. “Assim, neste contexto, embora formalmente tivesse 0 cargo de “Gerente”, passei a ter status de “Diretor”, razão pela qual possuía especial destaque nos quadros do Metrô-SP”. “O “apadrinhamento” a que me refiro é meramente formal, Ou seja: não fui colocado em nenhuma posição dentro do METRO-SP em razão técnica e exclusiva de forcas politicas, pois eu tinha capacidade técnica para galgar tais posições. Mas certamente essas forças políticas faziam com que eu tivesse um papel de destaque dentro do Metrô, especialmente porque eu tinha um papel politico-arrecadatório de relevo e era visto pelos empreiteiros como alguém que os defenderia dentro do Metrô-SP,especialmente por possuirmos um acordo ilícito já entabulado”, relata.

Estadão

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