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“MOLECAGEM”: GOVERNO QUER USAR REPASSE A MUNICÍPIOS COMO MOEDA DE TROCA PARA REFORMAR PREVIDÊNCIA

Publicado em: 29/12/2017

A votação da Reforma da Previdência está marcada para 19 de fevereiro na Câmara, e o novo ministro da Secretaria de Governo, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), admitiu em entrevista na última terça-feira(26) que usará a liberação de recursos como moeda de troca para reformar Previdência. “Financiamentos da Caixa Econômica Federal são ações de governo. Se não, o governador poderia tomar esse financiamento no Bradesco, poderia tomar não sei onde. Obviamente, se são na Caixa Econômica, no Banco do Brasil, no BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], são ações de governo. E, nesse sentido, entendemos que deve, sim, ser discutida com esses governantes alguma reciprocidade no sentido de que seja aprovada a reforma da Previdência, que é uma questão de vida ou morte para o Brasil”, disse Marun, em entrevista coletiva concedida à imprensa no Palácio do Planalto nesta terça-feira (26).

“O governo vai atuar nessa questão com a seriedade e com a gravidade que a questão possui. Realmente, o governo espera daqueles governadores que têm recursos e financiamentos a ser liberados – como, de resto, de todos os agentes públicos – uma reciprocidade no que tange à questão da Previdência”, admitiu o ministro, para quem a “ação de governo” pode implicar retaliação a governantes.

Depois do pronunciamento criou se um mal está entre as representações de estado, especialmente da região do nordeste, onde os nove governadores enviaram uma carta, nesta quarta-feira (27) ao presidente Michel Temer, prometendo processar o ministro da Secretaria de Governo pelo pronunciamento.

Depois do posicionamento dos governadores do Nordeste, contrários a postura do Governo Temer, que afirmou que usará liberação de recursos como moeda de troca para reformar Previdência. Entrou nesse debate também os prefeitos, depois que o governo afirmou que liberaria o repasse emergencial de R$ 2 bilhões para as prefeituras de todo o país, no entanto voltou atrás, ao informar nesta quinta-feira(28) que não pagará mais o valor.

O posicionamento do governo deixou  o prefeito de Bom Jesus da Lapa e presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Eures Ribeiro (PSD), revoltado. Em entrevista acusou a gestão federal de condicionar a liberação do dinheiro para os prefeitos ao apoio à reforma da Previdência. “Eles disseram que, até o final da tarde, não conseguiram fechar as contas. Mas não foi nada disso. Foi uma molecagem deles. Eles fizeram uma tentativa de golpe com essa manobra para votar a reforma”, criticou, em tom irritado, o comandante da UPB. Ainda segundo Eures, o governo “enganou e sapateou” com os municípios. “O sentimento é de revolta no Brasil. Eles tinham feito reunião em Brasília, dizendo que pagariam neste ano”, lamentou. Com a Medida Provisória do Auxílio Financeiro aos Municípios, como era chamado o repasse, a estimativa é de que a Bahia receberia R$ 200 milhões para serem repartidos entre as cidades.

Eures frisou a fala do  ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, admitiu que o governo federal está condicionando a liberação de financiamentos para os estados em troca de apoio à reforma. Com informações do Bahia Notícias e Noticias de Bom Jesus da Lapa

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