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BARREIRAS: NEGOCIAÇÃO SALARIAL. NINGUÉM PERDE QUANDO SE UTILIZA O BOM SENSO

Publicado em: 24/3/2017
Roberto de Sena
Mural do Oeste
Os servidores municipais de Barreiras estão discutindo com a gestão o reajuste salarial a que tem direito. O debate é importante mas precisa ser feito sem açodamento, sem paixões e, sobretudo, deixando de lado as questões políticas. Não se pode negar que neste governo os servidores passaram a ser tratados com respeito no que tange ao pagamento correto dos salários, coisa que não vinha acontecendo faz algum tempo. Você pode dizer: mas é obrigação do gestor pagar na data certa. Respondo: é claro que é. Só que isso não vinha acontecendo e o funcionalismo por diversas vezes teve que enfrentar o constrangimento de receber por ordem alfabética. Todos se lembram que houve períodos em que ninguém sabia quando iria receber e, por conta disso, não sabia também quando iria pagar as suas contas. Era um verdadeiro tormento na vida do servidor. Isso acabou, é página virada e, diante das circunstância, pode até ser considerado um ganho para os servidores. Acho que, quanto a isso, ninguém discorda.

Faço um corte no meu raciocínio para mostrar uma matéria publicada pelo jornal Correio da Bahia, em que o governador Rui Costa  adiantou que não vai dar aumento de salários por conta da crise. Leia a matéria e já retorno ao assunto.

O governador Rui Costa admitiu que os servidores estaduais da Bahia não devem receber reajuste em 2017. Em conversa com jornalistas nesta terça-feira (20), para fazer um balanço do ano, Rui disse que “não há milagre a fazer” e avaliou que o momento da economia não deve permitir o reajuste. 

Questionado sobre o fato do governo estadual fechar o ano já estourando o limite para gastos da folha no pagamento, ele falou do que esperar para o ano que vem. “Não há medida que eu consiga fazer a não ser que sejam drásticas, o que não é a minha pretensão. Não há milagre a fazer. Se a economia continuar desse jeito, não haverá reajuste dos servidores em 2017. 

Correio da Bahia

Leram aí o que disse o governador Rui Costa? “Não há milagre a fazer.” Ele diz e repete. Note-se que Rui Costa é um governante de esquerda, do PT, um dos partidos que mais defende a justiça social. Mas mesmo ele, reafirma com todas as letras que, diante do quadro atual, não há milagre a fazer. É o cenário dantesco da crise do País que vem provocando este tipo de situação.

O melhor a fazer agora é conversar com calma, com equilíbrio e serenidade. Nenhuma gestor quer prejudicar ou tirar direitos dos trabalhadores mas, por outro lado, o gestor também não pode comprometer mais de 54% dos recursos com a folha de pagamento sob pena de ser enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal, virar ficha suja, ficar inelegível e e ainda ter o dissabor de responder processos na Justiça.

São por estas razões que se desaconselha neste momento o enfrentamento, o confronto. O novo gestor de Barreiras tem apenas três meses de mandato, vem pagando em dia conforme prometeu na campanha, já conseguiu evitar o parcelamento de salários não deixando acontecer o que ocorreu no passado, quando o funcionalismo foi duramente prejudicado.

A meu ver, o  melhor caminho agora é um pacto de confiança entre os servidores e a gestão municipal. Como o gestor cumpriu a palavra  pagando corretamente os servidores, estes, por sua vez, podem esboçar também um gesto de confiança e continuarem o diálogo até mais  adiante quando, sem o risco de problemas judiciais o prefeito poderá retomar o seu cronograma salarial junto aos servidores municipais.

Se todos forem para a mesa de negociação com os espíritos desarmados, com boa vontade, com diálogo e equilíbrio, ambas as partes sairão ganhando. Afinal de contas ninguém perde quando se utiliza o bom senso.

É minha opinião.

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