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ALUNO SUSPENSO DO MACKENZIE QUE AMEAÇOU MATAR ‘NEGRAIADA’ PEDE PERDÃO: ‘ÁUDIO INFELIZ’

Publicado em: 31/10/2018

Por Bom dia SP e G1 SP — São Paulo

MP de SP pede abertura de inquérito para investigar racismo de universitário

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O estudante de Direito do Mackenzie Pedro Bellintani Baleotii, de 25 anos, afirmou que não é “racista, nem preconceituoso, muito menos violento”. A declaração foi dada após a repercussão do vídeoem que ele aparece indo votar com uma camiseta do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) dizendo: “Tá vendo essa negraiada? Vai morrer!”.

“Só queria pedir perdão pelos sentimentos que eu causei nas pessoas que se sentiram até ameaçadas, enfim, agredidas, pela contundência do meu áudio aí completamente infeliz”, disse Baleotii à reportagem da TV Globo pelo telefone nesta terça-feira (30).

Ainda na noite de terça, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) do DHPP instaurou inquérito policial para investigar o crime de discriminação ou preconceito de raça. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o aluno envolvido “será convocado para prestar esclarecimentos.”

Pedro é estudante do último semestre de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo. Centenas de alunos da instituição protestaram em dois atos durante a manhã e à noite contra as declarações racistas e pedindo a expulsão do rapaz.

A faculdade suspendeu o estudante e divulgou nota afirmando que “tais opiniões e atitudes são veementemente repudiadas”. Veja a íntegra:

“A Universidade Presbiteriana Mackenzie tomou conhecimento de vídeos produzidos por um discente, fora do ambiente da Universidade, e divulgados nas redes sociais, onde ele faz discurso incitando a violência, com ameaças, e manifestação racista.

Tais opiniões e atitudes são veementemente repudiadas por nossa Instituição que, de imediato, instaurou processo disciplinar, aplicando preventivamente a suspensão do discente das atividades acadêmicas. Iniciou, paralelamente, sindicância para apuração e aplicação das sanções cabíveis, conforme dispõe o Código de Decoro Acadêmico da Universidade.

Benedito G. Aguiar Neto
Reitor”

O Ministério Público de São Paulo também se manifestou sobre o caso e informou que a Promotoria de Direitos Humanos “requisitou a instauração de inquérito policial e também representou junto à comissão de ética da OAB, para apuração da conduta do estudante”.

Demissão

Estudantes do Mackenzie protestam em São Paulo contra racismo nesta terça-feira (30) em São Paulo — Foto: Arquivo pessoal/Coletivo Negro AfromackEstudantes do Mackenzie protestam em São Paulo contra racismo nesta terça-feira (30) em São Paulo — Foto: Arquivo pessoal/Coletivo Negro Afromack

Estudantes do Mackenzie protestam em São Paulo contra racismo nesta terça-feira (30) em São Paulo — Foto: Arquivo pessoal/Coletivo Negro Afromack

Protestos

Nesta terça (30), centenas de estudantes do Mackenzie protestaram contra o conteúdo do vídeo e pediram a expulsão do estudante, além de medidas de segurança por parte da universidade. Os atos ocorrem pela manhã e à noite.

Segundo uma integrante do Coletivo Negro Afromack, que não quis se identificar por questões de segurança, os alunos estão muito preocupados com as declarações porque o rapaz aparece em outro vídeo com uma arma na mão.

“A gente está correndo risco de vida. A gente não pode ir para a faculdade com medo de morrer. A gente pede que ele seja expulso, porque mesmo suspenso ele poderia entrar na faculdade. Não dá para conviver com uma pessoa que fez isso. E ele não pode ser um advogado”, afirmou a estudante ao G1.

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