FOLHA: “ERA UMA CILADA, DOUTOR!”
Publicado em: 09/7/2018A coluna Painel da Folha analisa o “quid pro quo”, conhecido em português como quiproquó, das marchas e contra-marchas da Justiça Federal no dia de ontem:
Era cilada, doutor
Diante da barafunda criada pelo pedido extemporâneo de soltura de Lula, integrantes de tribunais superiores chegaram a duas conclusões: 1) a decisão em que o desembargador Rogerio Favreto mandou libertar Lula estava errada e 2) o juiz Sergio Moro escorregou numa casca de banana atirada pelos petistas ao reagir à ordem. Para ministros do STJ e do STF, o PT conseguiu expor o voluntarismo de Moro, reforçando a tese de que ele não é imparcial nos casos do ex-presidente.
Arapuca
Para os ministros, o PT obteve a única vitória de médio prazo possível: fazer Moro errar. Na avaliação deles, o juiz pisou em falso ao ordenar que a PF não cumprisse a ordem de soltura, em afronta à hierarquia do Judiciário, e quando mobilizou outros juízes do TRF-4 para derrubar a decisão.
Arapuca 2
Segundo relatos, Moro chegou a ligar para o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, para argumentar contra o cumprimento da decisão de Favreto.
Arapuca 3
Para os ministros do STJ e do STF, mesmo que a ordem do desembargador tenha sido teratológica, Moro errou ao se insurgir. Sua posição será explorada em ações no Conselho Nacional de Justiça e pela defesa de Lula nos recursos às cortes superiores.
Se saísse, voltava
É ponto pacífico para esses ministros que a sentença do desembargador que tentou soltar Lula cairia rapidamente ao ser analisada no STJ, por exemplo.
No meu singelo entendimento, Moro, provou ontem, que não é o juiz de primeira instância da Operação Lava Jato. Ele é apenas o relés carcereiro de Lula, a mando dos interesses do patronato e dos estrangeiros, interessado nas terras, águas, minérios, petróleo e na infraestrutura do País.
Extraído de O EXPRESSO LEM de Carlos Alberto Reis Sampaio
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